Na sessão da Câmara Municipal de Embu-Guaçu, realizada nesta terça-feira (03/06), o comunicador Julinho da Rádio usou a tribuna livre para soltar uma verdadeira bomba sobre a gestão pública municipal. O que era pra ser apenas mais uma terça-feira de sessão ordinária se transformou em um marco na luta por mais transparência, fiscalização e respeito com o dinheiro do povo.
Logo no início de sua fala, Julinho prestou homenagem à sua mãe, em nome de todas as mulheres da cidade, e cumprimentou os vereadores, o público presente e os internautas. Mas os elogios ficaram por aí. O que veio a seguir foi um verdadeiro choque de realidade.

🚫 CENSURA NA CÂMARA?
Julinho denunciou a tentativa de censura por parte da presidência da Câmara, que estaria dificultando a liberdade de expressão de cidadãos e comunicadores nas sessões. “O espaço da tribuna é do povo, e não de interesses políticos”, disparou.
💧 União que dá resultado
Apesar das críticas, Julinho reconheceu uma ação positiva: a união dos vereadores que resultou na intervenção da Sabesp no bairro onde moradores sofriam há dias com problemas no abastecimento de água. Ele fez questão de citar a vereadora Gabi como símbolo dessa união. “Quando vocês se unem, as coisas acontecem”, ressaltou.
Saúde sucateada e ostentação no poder
Julinho questionou com veemência:
“Quem está pagando a empresa do raio-X? Quem está recebendo?”
Além disso, trouxe à tona um dado estarrecedor: oito ônibus escolares estão quebrados, enquanto o prefeito circula supostamente com um carro de mais de R$ 40 mil pago com dinheiro público. “Cadê a prioridade? Onde está o respeito com os estudantes da rede municipal?”
🚨 A DENÚNCIA QUE ABALOU AS ESTRUTURAS
O principal ponto de sua fala foi a denúncia de um pagamento emergencial de exatos R$ 793.180,70 feito pela Prefeitura à empresa W&C Alimentos Ltda — sem contrato formal e sem licitação.
“Recebi documentos oficiais. A empresa recebeu quase 800 mil reais alegando emergência. Mas a verdade é que ela já estava fornecendo alimentos desde janeiro. Isso é gravíssimo! Isso é gestão temerária!”, denunciou Julinho da Rádio.
📄 OS FATOS E A LEI
Conforme os documentos apresentados, a Prefeitura realizou o pagamento emergencial alegando urgência no fornecimento de alimentos não perecíveis. Porém, a empresa já atuava normalmente nas escolas da rede municipal há meses, sem qualquer contrato formal.
Esse tipo de prática vai na contramão da Lei nº 14.133/2021, a nova Lei de Licitações, que exige:
- Planejamento prévio;
- Justificativa real de emergência;
- Contrato formalizado e público, mesmo nos casos emergenciais;
- Proibição de fracionamento de despesas para burlar licitações.
⚖️ CRIME CONTRA O ERÁRIO?
Se comprovadas as irregularidades, os envolvidos podem ser responsabilizados por improbidade administrativa, conforme a Lei nº 8.429/1992, por:
- Violação da legalidade;
- Imoralidade administrativa;
- Prejuízo potencial ao erário.
A ausência de contrato formal dificulta a fiscalização e abre margem para desvios, favorecimentos e corrupção.
❓ PERGUNTAS QUE NÃO QUEREM CALAR
- Por que uma empresa que já fornecia alimentos só foi “regularizada” depois de quatro meses?
- Onde está o contrato?
- Cadê o processo de licitação?
- Quem autorizou esse pagamento?
- Houve favorecimento?
- Por que não houve planejamento?
Esses são questionamentos que a sociedade de Embu-Guaçu exige que sejam respondidos publicamente!
🧾 CASO ENCAMINHADO AO MINISTÉRIO PÚBLICO
Julinho revelou que os documentos já foram enviados ao Ministério Público, que deverá investigar a fundo e, se confirmadas as irregularidades, responsabilizar os gestores e a empresa envolvida.
🔍 FISCALIZAÇÃO JÁ!
“Estamos de olho. E não vamos parar!”, afirmou Julinho no encerramento de sua fala. Segundo ele, a população de Embu-Guaçu merece respeito, transparência e gestores que tratem o dinheiro público com seriedade.
