Medida afeta diretamente Embu-Guaçu e cidades vizinhas; consórcio CONISUD busca solução emergencial para evitar colapso no atendimento público
A partir de 30 de abril de 2025, o Governo do Estado de São Paulo, sob gestão de Tarcísio de Freitas, suspendeu a oferta de exames laboratoriais realizados por meio da Programação Pactuada Integrada (PPI) — um mecanismo essencial que garantia a realização de exames básicos pelo sistema público de saúde, como sangue, urina, fezes e outros procedimentos laboratoriais.
A decisão impacta diretamente milhares de usuários do SUS em Embu-Guaçu, Cotia, Itapecerica da Serra, Embu das Artes, Taboão da Serra, Juquitiba, São Lourenço e Vargem Grande Paulista, entre outros municípios da Região Sudoeste da Grande São Paulo, conhecida como Região dos Mananciais.
🚨 O que muda com o corte da PPI?
- Fim imediato da cota de exames ofertada pelo Estado aos municípios da região;
- O Governo estadual passou a oferecer apenas um recurso simbólico, insuficiente para atender à demanda real;
- Caberá agora aos municípios arcar com os exames com recursos próprios, mesmo com orçamentos já comprometidos;
- A medida coloca em risco diagnósticos, tratamentos e acompanhamento de doenças, especialmente entre a população mais pobre.
💥 População mais vulnerável é a mais afetada
Essa suspensão desestrutura um serviço básico de saúde pública e atinge diretamente os moradores que dependem exclusivamente do SUS. Sem acesso a exames simples, como os de sangue e urina, o diagnóstico precoce de doenças pode falhar — resultando em agravamentos, sobrecarga das unidades de saúde e até risco de morte em casos mais graves.
⚠️ Decisão unilateral e sem diálogo
O corte dos exames foi anunciado de forma unilateral pelo Governo do Estado, mesmo após tentativas de diálogo das prefeituras e da gestão regional de saúde. O tema foi debatido pela Comissão Intergestores Regional (CIR) e também pelo COSEMS-SP (Conselho de Secretários Municipais de Saúde), mas o Estado manteve a decisão.
Inicialmente, a medida seria implementada em janeiro, mas houve um adiamento de 90 dias — agora finalizado sem qualquer alternativa viável oferecida.
🤝 CONISUD corre contra o tempo
O CONISUD (Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da Grande São Paulo) já iniciou um processo emergencial de licitação para contratar laboratórios privados que possam suprir a demanda de exames.
Contudo, a solução dependerá de tempo, adaptação e recursos — o que agrava ainda mais a situação de municípios com menor capacidade financeira, como Embu-Guaçu, Juquitiba e São Lourenço.
✊ Responsabilidade do Governo do Estado
Embora os serviços de saúde sejam tripartites (com responsabilidades divididas entre municípios, estado e União), cabe ao Governo do Estado garantir o suporte técnico e financeiro necessário às cidades da região — especialmente naquelas onde a demanda é alta e os recursos locais são limitados.
A decisão de retirar esse suporte é injusta, desumana e politicamente questionável, pois recai diretamente sobre quem mais precisa: o povo da periferia, das comunidades afastadas, dos bairros esquecidos.

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